Novas imagens dos cenários de "Talismãs da Morte: Parte 2" comentadas por Stuart Craig

27 de junho de 2011 // Categorias: , ,

O site americano ArchitecturalDigest divulgou várias imagens dos cenários de Harry Potter e os Talismãs da Morte - Parte 2. Estas imagens foram enviadas ao site pelo Director Artístico de Harry Potter, Stuart Craig e contêm comentários acerca de cada uma, como podem conferir em baixo:

O sétimo filme de Harry Potter termina na praia, no lado de fora da casa de Bill e Fleur Weasley, e o novo filme mostra-nos a casa em si. “Eu tentei achar uma lógica no set e de alguma forma senti que era errado (a Casa das Conchas) ser muito extravagante, muito imaginário,” disse o produtor de design Stuart Craig. “Então esta casa tem uma lógica. Se tu queres realmente construir uma casa na praia, o que farias? Bem, tu usarias materiais locais. E esses materiais seriam ou pedras, ou conchas. As paredes são grandes cascas de ostras e o telhado é feito de uma grande vieira de conchas. Tu podes ver como é que isso funciona para envolver e espalhar a água. Eu estava satisfeito com a lógica que nós encontramos aqui."

Durante a procura de um dos Horcruxes de Voldemort, Harry, Ron e Hermione visitam o Banco Gringots na Diagonal. Craig e sua equipe projectaram o banco para reflectir grandiosidade e fortuna. “Bancos são tradicionalmente símbolos de estabilidade,” ele explica. “Eu sei que a história recente desfez tudo isso, mas a intenção da arquitectura do banco é transmitir essa sensação de confiança, de estabilidade, de segurança. Então o hall do nosso banco, é feito de mármore e com grandes colunas de mármore. E isso tem uma força enorme.”

O conceito do desenho de Gringots mostra a visão dos designer's para o set, complementando com os goblins banqueiros e feiticeiros. “O facto dos goblins serem banqueiros e contadores nos balcões ajuda-nos com o sentimento de grandeza e segurança, além das grandes proporções,” Craig diz. “Essa era parte da diversão no set: nós exageramos no tamanho disso, nós exageramos no peso, e nós até mesmo exageramos no brilho do mármore.”

Para chegar ao cofre de Bellatrix Lestrange, Harry, Ron e Hermione viajam num vagão mágico nos carris que passam através das passagens secretas de baixo do banco. Este desenho mostra a descida até ao cofre.

Um enorme dragão guarda a entrada do cofre dos Lestrange. “Ele está muito debilitado, pois passou a sua vida inteira em túneis subterrâneos”, diz Craig. “Mas ele é enorme – 64 pés de comprimento. Este é o "átrio", e as pequenas passagens entre as colunas é onde estão os cofres, então eles [Harry, Ron e Hermione] precisam dar a volta no dragão para chegar no cofre.”

Ao arquitectar o interior do cofre, Craig confrontou-se com o desafio de criar um ambiente cheio de objectos que se multiplicassem após serem tocados. “Nós fizemos, literalmente, milhares de peças para ela [a cena], que foram metalizados em vácuo para que sejam de ouro e prata brilhante”, diz ele. “E John Richardson, o supervisor de efeitos especiais, manejou um piso que foi capaz de se elevar a níveis diferentes, por isso não ocorreu uma espécie de sobrecarga de tesouro nele. Após isso, foi reforçado com os efeitos visuais.”

Harry, Ron e Hermione escaparam do cofre em Gringots montados num dragão, cavando vários níveis do banco, incluindo o salão de mármore mostrado neste desenho conceitual. Craig observa que, como os sets, as criaturas evoluíram. “Harry Potter, durante o seu período de dez anos, ficou muito ligado à tecnologia. No início, teríamos feito a maioria das coisas fisicamente, mesmo se algumas criaturas fossem esculpidas em tamanho grande e operadas como criaturas animatrónicas. Perto do fim do processo, tornam-se construções digitais e brilhantemente reais."
Depois de fugirem do banco, o trio viaja até Hogsmeade para descobrir algum caminho para Hogwarts. O destino é a famosa loja HoneyDukes (Doce dos Duques), que, anteriormente, foi uma passagem secreta para Harry, mas que foi "recentemente" fechada.

A Casa dos Barcos em Hogwarts, descrito por J. K. Rowling como um porto subterrâneo, foi concebido cinematograficamente como um edifício cheio de luz para o filme. Apresentando influências góticas, o conjunto é o sítio de uma reunião dramática entre Voldemort e Snape.

A decoração em Quatrefoil e as colunas em cluster, ambos elementos populares na arquitectura gótica, são utilizados na construção do escritório de Dumbledore. “Haviam muitos períodos, estilos e mudanças que podíamos usufruir. O filme todo foi um grande show de história da arquitetura gótica”, diz Craig.

Parte da Batalha de Hogwarts passa-se no Hall de Entrada de Hogwarts, o qual foi redesenhado para a cena. “Esse é um exemplo de como as coisas evoluem e como Hogwarts pode mudar de um filme para outro”, diz Craig. “Na batalha final, batalhões de estátuas são animadas para tomar parte na batalha, então tivemos que mudar o cenário do Hall de Entrada.”

Um dos confrontos entre Harry e Voldemort passa-se numa ponte suspensa paralela a uma torre. “Esta foi uma maneira de fazer um espaço em simultâneo interior e exterior, onde os actores podem mover-se de um para o outro, o que é sempre mais interessante”, explica Craig. “Essa longa ponte suspensa central deu-nos uma oportunidade de uma nova fase do confronto entre Harry e Voldemort.”


Fonte: Harry Potter Blog News.

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